quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Errou feio!

Ta meio velhinha essa, mas nao poderia deixar de postar, ja que e uma contribuicao da Princesa, que esqueceu a senha do blog. Ai vai!


By the way: a Escala e uma puta agencia de propaganda e Scala ta mais pra nome de boate, peloamordedeus!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ooooops!

O colega Pedro Souza Pinto alertou que essa notícia do post abaixo é mais uma lenda da Internet. Mas que não deixa de ser uma pérola porque diversos jornais ingleses publicaram, entre eles o The Guardian.

Veja o comentário sobre a lenda no link http://www.quatrocantos.com/LENDAS/49_george_turklebaum.htm

Da série "Notícias Bizarras" - parte III


Notícia do New York Times

Os Gerentes de uma Editora estão tentando descobrir, porque ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa há CINCO DIAS.

George Turklebaum, 51 anos, que trabalhava como Verificador de Texto numa firma de Nova Iorque há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (open space, sem divisórias) com outros 23 funcionários.

Ele morreu tranquilamente na segunda-feira, mas ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana.

O seu chefe, Elliot Wachiaski, disse: 'O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho.'

A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias, depois de um ataque cardíaco.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Carta aberta aos jornalistas de veículos

Caros colegas:

Ninguém mais do que nós quer atender os pedidos de vocês rapidamente: fornecer dados, agendar entrevistas, filmagens, até mandar o texto prontinho no estilo do veículo de vocês, revisado, com foto e tudo, etc. Podem ter certeza que fazemos tudo para que a matéria fique pronta o mais rápido possível, a mais completa, a mais ilustrativa, a melhor! Sabemos que vocês tem prazos, fechamento, sabemos sim, como funciona uma redação.

Mas vocês deveriam conhecer também como funciona uma assessoria. Salvo raras excessões, sempre dependemos de outras pessoas para ajudar vocês. E essas pessoas tem muuuito trabalho. Não estão ali somente para atender as solicitações da imprensa. Então, quando precisarem de dados como o total das vendas da versão light sabor baunilha de determinado produto na filial de Cacimbinha do Sul no mês de julho, comparado com os dois meses anteriores e também com julho do ano passado, em oposição às vendas da filial de Cacimbinha do Norte no mesmo período, entendam que não podemos conseguir essa informação "na próxima hora".

Quando quiserem uma entrevista com o presidente, ou o diretor da empresa/instituição saibam que esses caras geralmente tem uma agenda apertadíssima. E tem coisas bem importantes a fazer. Podem ter certeza! Então eles talvez não possam te atender hoje. E não é nossa culpa.

Outra coisinha: quando marcamos uma coletiva é porque avaliamos que tem uma importância tal, que temos que oferecer a todos os veículos AO MESMO TEMPO. É bem feio pedir (chantagear) para receber as informações antes dos outros.

Gente, não temos má vontade. Até porque é mais fácil dar o que vocês querem do que aguentar vocês enchendo o saco!

Enfim, vocês vivem dizendo que nós devemos conhecer a rotina das redações. Fair enough. Nós dizemos o mesmo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Nada de novo no front


Tava fazendo umas buscas na Internet e encontrei esse artigo, escrito na época em que se comemorava os 200 anos de imprensa no Brasil (junho do ano passado). Era o aniversário do Correio Braziliense, jornal editado na Inglaterra e escrito em inglês, mas que ainda assim é considerado o marco inicial da imprensa no país.

O Correio e seu fundador, Hipólito José da Costa, entraram pra história como defensores da independência, do interesse nacional, da abolição da escravatura e da permanência de D. Pedro I no Brasil.

Mas o artigo revelava, o que me deixou surpresa (mas nem tanto) que existe uma outra versão para os compromissos de Hipólito da Costa e de sua publicação.

"Em seu livro 1808 (Editora Planeta, 8ª. reimpressão, abril de 2008), o jornalista Laurentino Gomes (...) argumenta que Hipólito e seu jornal foram financiados pela Coroa portuguesa de 1812 a 1822, isto é, ao longo de 12 dos 14 anos em que o Correio foi publicado. Vale a longa citação:

"O mesmo Hipólito que defendia liberdade de expressão e idéias liberais acabaria, porém, inaugurando o sistema de relações promíscuas entre imprensa e governo no Brasil. Por um acordo secreto, D. João começou a subsidiar Hipólito na Inglaterra e a garantir a compra de um determinado número de exemplares do Correio Braziliense, com o objetivo de prevenir qualquer radicalização nas opiniões expressas no jornal. Segundo o historiador Barman, por esse acordo, negociado pelo embaixador português em Londres, D. Domingos de Souza Coutinho, a partir de 1812, Hipólito passou a receber uma pensão anual em troca de críticas amenas ao governo de D. João, que era um leitor assíduo dos artigos e editoriais da publicação. `O público nunca tomou conhecimento desse acordo´, afirma o historiador. De qualquer modo, Hipólito mostrava-se simpático à Coroa portuguesa antes mesmo de negociar o subsídio. `Ele sempre tratou D. João com profundo respeito, nunca questionando sua beneficência´, registrou Barman. O Correio Braziliense, que não apoiou a Independência brasileira, deixou de circular em dezembro de 1822. Hipólito foi nomeado pelo Imperador Pedro I agente diplomático do Brasil em Londres, cargo que envolvia o pagamento de uma nova pensão pelos cofres públicos" (pp.135-136).

(...)


Essas informações mostram que o Correio Braziliense de Hipólito da Costa inaugura um tipo de vínculo que tem marcado a história da imprensa no Brasil desde sempre. Pesquisas contemporâneas, sobretudo no ambiente acadêmico, têm revelado que mesmo após as reformas "modernizadoras" da década de 1950, os principais jornais da cidade do Rio de Janeiro (à época, capital do país) continuaram "vinculados" ao Estado através de várias formas de financiamentos, isenções fiscais, empréstimos, subsídios e publicidade oficial.

Neste sentido, pelo menos parte de nossa imprensa não foge ao padrão de outras instituições brasileiras, já analisado por Roberto Schwarz no seu clássico sobre "as idéias fora do lugar". Liberal no discurso, a imprensa nega o liberalismo e seus principais valores na prática empresarial e jornalística.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Da série "Notícias Bizarras" - Parte II

O site G1 fez uma seleção de notícias bizarras publicadas no seu primeiro ano de existência.



Selecinei algumas das melhores manchetes:

É o amor?
Chinês processa a mulher por ter mentido sobre a idade
Chinesa é presa por furar olhos do namorado com palitinhos
Esposas sem senso de humor arrancam nariz de marido
Mulher engole dentadura do namorado durante beijo


Bichos
Burrinho cai em poço e leva bronca de dono
Pato que seria servido no jantar "ressuscita"
Médico acha aranhas vivas no ouvido de menino


Idéias de jerico
Anão britânico fica com o pênis preso num aspirador
Contrabandistas escondem cobras em anões de jardim
Suco de sapo é usado como 'viagra natural' no Peru
Diretora dá chibatada em professora diante dos alunos
Fazendeiro sacrifica noivas e vende corpos para união no além
Canadense coloca bebê no freezer para baixar a febre

Simplesmente bizarro
Indiano jorra leite com os olhos
China cria brigada anticuspe
Chinês faz implante cerebral e controla pombo
Mictório falante dedura freguês que bebeu muito
Moça pobre expele pedras preciosas pelo pé

Problemas com a Justiça
Senador dos EUA processa Deus
Empregada é presa por dar água com xixi para o patrão
Fã de 'Star wars' é preso ao portar pistola laser na Austrália
Dono de 114 gatos congelados processa polícia por apreensão
Advogado que se vestia de Alice abandona a carreira

Acesse o link para ler mais notícias bizarras: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL107962-6174,00.html

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Isso é que é errata...

Parabéns à BBC Brasil
AF 447: Nossa cobertura e nosso erro
Rogério Simões 4/06/2009, 06:39 PM - (da BBC BRASIL)
A tragédia envolvendo o voo 447 da Air France, cuja viagem entre Rio de Janeiro e Paris terminou no fundo do oceano, atingiu e sensibilizou pessoas ao redor do mundo. Cidadãos de 32 países perderam a vida no acidente, cujas características ainda intrigam especialistas e chocam qualquer um que já tenha cruzado o Atlântico a bordo de uma aeronave.
Diante do desastre, leitores e jornalistas, ainda desprovidos de explicações técnicas para o raríssimo fato de que um Airbus havia simplesmente despencado do céu, buscaram o lado humano dessa triste história. A imprensa foi atrás de perfis das vítimas, informações que foram avidamente consumidas por um público sensibilizado pela perda repentina de mais de 200 vidas. Num momento como esse, o interesse pelas circunstâncias que colocaram cada passageiro dentro do voo da Air France, como o motivo de sua viagem, quem ficou para trás à espera de um telefonema na chegada ou quem se preparava para recebê-los na capital francesa, era imenso. Como uma forma de homenagem às vítimas, ou por simples curiosidade, o lado humano de uma tragédia é sempre um importante material jornalístico.
Além dos nossos repórteres no Rio de Janeiro e em Brasília, que registravam as últimas informações sobre as buscas e teorias para o destino do avião, inicialmente dado como desaparecido, a BBC Brasil dedicou parte de seus esforços de reportagem no exterior à obtenção de informações sobre passageiros, particularmente estrangeiros.
O menino britânico de 11 anos que voltava sozinho do Rio após visitar os pais, o grupo de franceses que havia ganhado a viagem ao Brasil de uma empresa, a espanhola que voltava de lua-de-mel em voo diferente do marido, todas essas histórias mostravam o caráter verdadeiramente internacional do desastre.
Entre elas estava a da família Schnabl. A sueca Christine Badre Schnabl e seu filho Philipe morreram na queda do Airbus A330, enquanto seu marido, o brasileiro Fernando Bastos Schnabl, e a filha Celine fizeram o mesmo trajeto a bordo de um voo da TAM, pousando com segurança em Paris. Mas ao noticiar tal história, nós da BBC Brasil erramos.
Erramos por reproduzirmos, sem confirmação, a informação de que a separação do casal em dois voos diferentes se devia ao medo da família de acidentes aéreos. A informação havia sido publicada apenas por um jornal sueco, o Expressen, e ainda não havia sido confirmada pela nossa reportagem em Estocolmo. Mas mesmo assim o nosso texto foi ao ar, não apenas trazendo uma informação vinda de apenas uma fonte, mas também sem explicar no título e no primeiro parágrafo, como deveríamos ter feito, que se tratava de um fato apurado apenas por um outro veículo.
O suposto costume do casal de viajar em voos diferentes dava uma conotação ainda mais dramática e inusitada ao caso, e por isso nosso texto teve grande repercussão, recebendo grande destaque em nossos sites parceiros. No entanto, a separação da família na viagem à França tinha na verdade outro motivo.
Quando conseguimos falar com Fernando Schnabl, ele desmentiu a versão do jornal sueco, reporoduzida no dia anterior pela BBC Brasil. A família não tinha medo de voar, apenas estava em aeronaves diferentes devido à necessidade de aproveitar os benefícios de milhas aéreas acumuladas.
A reportagem com o brasileiro, esclarecendo o que realmente havia motivado a separação da família, foi publicada um dia depois do texto anterior. Recebeu no nosso site o mesmo destaque que havia tido a informação errada. Mas nada apaga o fato de que divulgamos, equivocadamente, uma notícia de outro veículo sem a verificação devida, prevista nos princípios editoriais da BBC. Um erro, fruto de um esforço de levar aos leitores as histórias humanas por trás de uma terrível tragédia. Mas, mesmo assim, um erro. Do qual (o nosso leitor pode ter certeza) já tiramos muitas lições.

Tuuuudo a ver!

Essa pérola foi sugerida pelo jornalista Lucas Ribeiro. Comentários desnecessários. Esses coleguinhas...



quinta-feira, 30 de julho de 2009

O pombo traficante

Essa notícia súúúper importante saiu em todos os jornais de Porto Alegre hoje. Eu e o Lucas, meu colega do novo trabalho, morremos de rir! O Correio do Povo chegou a publicar a radiografia do pombo!???!!

Pombo “traficante” passa por cirurgia
Pista viva de inédita ação criminosa no Estado, o pombo que caiu na terça-feira no 4º Regimento de Polícia Montada, no Bairro Partenon, com partes de um celular atadas ao corpo passou, ontem, por delicada operação no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Ele foi atingido por tiro de chumbinho nas duas asas. Os chumbinhos foram retirados do corpo da ave na tarde de ontem, e os veterinários reconstituíram os ossos da asa direita, esmigalhados pelos tiros.
Ave será colocada para adoção
Seis veterinários trabalharam das 15h às 16h50min para colocar duas placas de titânio, oito parafusos do mesmo material e um pino de aço inoxidável nas asas feridas. Tudo para manter vivo o pombo que alguém usou para tentar fazer chegar ao Presídio Central um carregador e uma bateria de celular.A expectativa é de que o pássaro se recupere em 30 dias. Depois, será colocado para adoção.
– A operação na asa direita foi mais complicada porque o osso atingido fica perto da articulação. Vai sobreviver, mas pode não voar mais. Aí, vai precisar de um “dono” para cuidar dele – disse o diretor do hospital, Marcelo Alievi, responsável pela cirurgia.
Fonte: Diário Gaúcho

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Erros divertidos

Econtrei esse blog, que tem umas histórias ótimas sobre os erros da imprensa. Selecionei duas delas:


Pobre véia



Era para ser mais uma notinha esquecida num canto da coluna social de um jornal com tiragem de 10 mil exemplares, mas se transformou num hit da internet. Na legenda da foto de uma respeitável senhora que fazia aniversário, o jornal A Gazeta, de São Bento do Sul (SC), manteve por engano a recomendação deixada por algum jornalista a respeito do corte na fotografia: "colocar só a véia".



Folha enforca Jesus Cristo

É provavelmente a errata mais engraçada já publicada pela Folha de S.Paulo: "Diferentemente do que foi publicado no texto 'Artistas 'periféricos' passam despercebidos' (...), Jesus não foi enforcado, mas crucificado". O texto está na coletânea de Erramos publicado na Folha Online, "uma seleção de notas embaraçosas e sugestões para evitá-las".



Confere lá mais erros divertidos:
http://www.botecosujo.com/2007/05/pessoas-sem-assunto-no-elevador-falam.html

Chatô

Estava relendo o Chatô, do Fernando Morais, e marquei essa histórinha que eu achei sensacional:


"...O enorme e frágil telhado de vidro que os vespertinos associados exibiam, no entanto, tirava autoridade de Chateaubriand para ditar regras de ética jornalística em suas colunas. Campeão das manchetes escandalosas que o patrão detestava, o Diário da Noite carioca superaria a si próprio quando se anunciou que o Papa Pio XI estava acometido de gangrena em um dos pés, moléstia que acabaria por matá-lo meses depois. Carlos Eiras, o secretário do jornal, célebre pela capacidade de resumir uma notícia em um número cada vez menor de palavras, não teve dúvidas em lascar na primeira página do Diário da Noite (em oito colunas, letras garrafais e com ponto de exclamação, como se escarnecesse de Chateaubriand) aquele que durante muitos anos seria considerado pelos jornalistas brasileiros como um modelo de síntese e sensacionalismo: PODRE O PÉ DO PAPA!".


Rárárárá! Genial!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Reativando...

Depois de um longo tempo ausente, estou reativando o blog com uma contribuição do colega Lucas Azevedo.


Estelionatário engana mulheres na zona sul da Capital
Homem aplica golpe por meio de anúncios de um jornal


Um vigarista bancando o Don Juan está dilacerando corações e bolsos de apaixonadas da Região Metropolitana. Bem vestido e de boa conversa, o homem demonstra estar enamorado das vítimas e aproveita-se da confiança delas para conseguir dinheiro fácil. Depois de receber grana e presentes, o malandro desaparece do mapa.


Três meses foram suficientes para uma mulher de 56 anos, que pediu para não ser identificada, cair na lábia do golpista. De acordo com ela, os dois conheceram-se por meio do correio sentimental de um jornal. A vítima publicou um anúncio no ano passado. Em março, um homem ligou para ela, e eles marcaram um encontro. A partir de então, teve início o relacionamento.

— Ele se apresentou como evangélico e viúvo. Disse que era diretor de pedágios. Começou a frequentar minha casa, ir a eventos da família. Ele é cativante — conta. A mulher comprou roupas e dois celulares, de operadoras diferentes, para o namorado, que chegou a pedi-la em casamento.

— Ele dizia que tinha uma casa de 17 peças e um carro importado, fabricado na Alemanha. Só que nunca tinha dinheiro para nada. Ficávamos mais na minha casa — relata.

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a2580046.xml


Saca as características do denominado Don Juan: 46 anos, 1,80m, 106kg, olhos claros, cabelo preto, uma cicatriz no contorno da boca, anda bem vestido, é manco e tem cacoete em um dos braços.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Blog da Petrobrás

E essa história do blog da Petrobrás que está dando o maior bafáfá?
Achei desmedida a reação da "grande imprensa".

Agora, o que me pergunto, que é a parte que me toca, é: será que a equipe de comunicação da Petrobrás esperava essa repercussão? Esperava criar toda essa animosidade com os jornalistas dos "veículos tradicionais"? Acho que não. Imagino que sabiam que a estratégia era ousada, mas não tinham muita escolha mesmo...

Vejam esse trecho da análise do Maurício Azedo, presidente da ARI, que está no próprio blog Fatos e Dados.

A propósito, eles poderiam ter escolhido um nome melhor, né?

A criação do blog constituiu-se em instrumento de autodefesa da empresa, que se encontra sob uma barragem de fogo crítico disparado por vários veículos impressos. Não se poderá alegar que é assegurado à empresa o direito de resposta, uma vez que quando este for exercido a informação nociva já terá produzido afeitos adversos. Ademais, é conhecido principalmente dos jornalistas o tratamento que a imprensa concede tradicionalmente ao direito de resposta, se e quando o reconhece e o acata: a informação imprecisa ou inidônea é divulgada com um destaque e uma dimensão que não se confere à resposta postulada e concedida.

http://petrobrasfatosedados.wordpress.com/

Checar pra quê?

Uma leitora do blog nos chamou a atenção para esse mico em cadeia da imprensa brasileira. Parece que checar a informação é coisa rara hoje em dia...
Sem falar no cara que"leu" a data errada. Bah!

Quem conta o causo é o Henrique Martins, do site Zumo:

iPhone 3G S e o mito do 09 de agosto
Tá, o iPhone 3G S sai em agosto no Brasil, isso todo mundo já sabe. Mas agora caiu uma ficha que vi na mídia por aí que me deixou curioso: um monte de gente falou que a data certa da chegada do aparelho ao país é 09 de agosto. Mmmm, não é não.
Nada como confirmar a informação com a fonte, e é simplesmente “agosto”. Alguém aí leu errado umslide durante o anúncio da Apple que falava do lançamento mundial do iPhone 3G S como “Aug’09“. Pra mim - e acredito que para a maioria dos leitores que entendem inglês - isso se lê como “Agosto de 2009″ e ponto final. Mas alguém achou que era 09 de agosto e a coisa se espalhou.
Se a Apple é tão hermética pra tantas coisas, por que diabos ela daria a data do lançamento internacional de um produto, que depende de negociação com operadoras (sim, negociação, não é assim “lançou aqui lançou lá”) para chegar aqui. Agosto de 2009, pelo que vivi (e sobrevivi) na neurose do lançamento do iPhone 3G no ano passado, ainda parece uma data bastante distante no horizonte.
Até o momento, Tim, Vivo e Claro dizem não ter informação alguma sobre a chegada do novo iPhone nem do iPhone 3G de 8 GB mais barato. E, como foi em 2008, vão detalhar apenas no último minuto. Tudo é questão de “estratégia” em não falar seus planos para o futuro.
Ah, sim, a própria Apple me disse que alguns grandes veículos corrigiram a questão da data. Mas oGoogle News tá aí pra provar que nem todo mundo fez isso.
Em tempo: Phil Schiller, VP de marketing da Apple, falou em “This is a really fast iPhone“. Sei que ele citou o iPhone, mas não duvido os concorrentes logo criarem uma espécie de “mito do megahertz” para o mundo dos celulares e dizer que o meu é mais veloz que o seu?

http://zumo.uol.com.br/2009/06/09/iphone-3g-s-e-o-mito-do-09-de-agosto/

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Jornalista "purtuguês"

O Rodrigo Checchia, de São Paulo, nos enviou essa pérola.

Estava eu organizando uma viagem com jornalistas e mandei um e-mail que, entre outras coisas, solicitava os seguintes dados:

- Nome completo
- Idade
- Número do RG e este documento escaneado

Ok, concordo que este último ficou ambíguo, mas qual não foi minha surpresa ao receber de um jornalista carioca a resposta e, ao abrir a imagem anexada, encontrar o próprio e-mail que eu havia enviado a ele.

Depois de alguns minutos tentando entender aquilo compreendi: por 'este documento' o jornalista entendeu que era aquele e-mail. Daí, ele simplesmente imprimiu e escaneou a mensagem e me mandou de volta.

O pior foi ter que ligar para explicar e pedir o RG escaneado, que ainda estava faltando, e tentar não rir.

Que maravilha a tecnologia!

Desde que criamos esse blog, eu estou louca pra contar essa história. Não tem muito a ver com o tópico aqui, caberia melhor no http://www.perolasdasassessorias.wordpress.com/, mas é tão boa que eu resolvi contar!

Pois bem. Um belo dia, a empresa em que eu trabalhava comprou uma ferramenta incrível chamada mailling Comunique-se. É bem comum lá pra cima, mas aqui no Sul pouca gente usa. Aliás, isso é um outro tópico a ser debatido. Fazemos assessoria de uma forma bem diferente por aqui.

Mas voltando... A ferramenta não tinha somente um mailling completo e atualizado de todos os veículos e jornalistas existentes em cada canto desse país, como também enviava relises "personalizados" para trocentas mil pessoas de uma vez só.

Nós, que fazíamos o trabalho braçal, enviando e-mail por e-mail, ficamos deslumbrados!

Então uma colega montou um relise, o mailling, colocou fotinhos, tudo bonitinho. Para fazer o teste, escreveu lá no bilhetinho: Oi Fulano, tudo bem?

Só que, ao invés de enviar o teste, ela enviou o e-mail para algo como 5 mil pessoas!

Cinco mil Fulanos em todo o Brasil leriam aquele relise no próximos dias. Imagino que muita gente tenha achado graça, mas teve gente que não gostou nada, mandou respostas desaforadas, outras debochadas. Eu já tinha feito isso uma vez, mas foi só para um jornalista que possivelmente nem abriu o e-mail. Veja como a tecnologia dá uma dimensão gigantesca também para os nossos erros.

Depois daquilo, e de alguns outros percalços, nossa empolgação com a ferramenta diminuiu um pouco. Gato escaldado...

Sua Majestade, o cliente


Não é o foco aqui nesse blog, mas as coisas mais engraçadas que acontecem em assessoria de imprensa são protagonizadas por eles: os clientes. Como a assessoria de imprensa é uma atividade nova, ninguém, que não seja assessor ou jornalista, sabe direito o que fazemos. Nem as agências, nem os colegas do marketing, nem mesmo os errepês.
Pra se ter uma idéia de até onde chega esse desconhecimento, teve um cliente que pediu a uma colega que organizasse os arquivos dele!
Eu atendia um cliente que me trazia denúncias contra os concorrentes e queria que eu divulgasse.
Teve outro, que queria a equipe com bloquinhos de anotação no lançamento do livro dele fazendo o papel de repórteres.
E aqueles que querem dar entrevista para o Valor Econômico e não querem abrir nenhum número!
Sem falar os que pedem pra tu divulgar o trabalho da irmã que é arquiteta, da cunhada que é escritora, etc.
Vou te contar, viu? Haja jogo de cintura!

Coincidência infeliz

Falando em colunistas, lembrei de uma situação péssima de uma colunista social que costuma usar fotos de arquivo, sem gancho, o que-onde-como-porque, nem nada. Simplesmente uma foto, com a legenda "O charme de Fulana de Tal".
Pois uma vez, por uma infelicidade, a colunista publicou a foto de uma menina que morreu em um acidente de trânsito na madugada em que o jornal estava sendo impresso.
No dia seguinte, todo mundo estava falando da morte da guria, que era filha de um político famoso, e lá estava ela sorridente na coluna: "O charme de Fulana de Tal".
Foi uma coincidência inacreditável, mas ficou horrível!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cara-de-pau

Depois falam em isenção...
Há certos colunistas, dos principais jornais do RS, que sempre publicam notícias de amigos, mesmo que não tenha a ver com a coluna. Quando nós, mortais assessores de imprensa, sugerimos entrevista/pauta de acordo com a posição editorial, recebemos como resposta: - Vou pensar e te aviso.
Faz dias que sugeri uma entrevista para um certo colunista, bem do jeitinho que ele gosta e recebi a resposta acima.
No entanto, já me deparei com notícias publicadas por ele sobre o lançamento de revista de uma certa universidade gaúcha. Isso lá é notícia? Só porque o assessor é grande amigo dele.
Caso contrário, nada feito...

Enfim, um desabafo...
:)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dengue suína

A @paulagois mandou essa pérola de um jornal capixaba.

Afinal, gripe, dengue, febre amarela, é tudo a mesma coisa. Rsrsrs




terça-feira, 12 de maio de 2009

CTRL C + CTRL V




A Cássia Alves http://twitter.com/cassita mandou pro blog um causo contado por uma colega de faculdade:

"Em minhas pesquisas de pautas para turismo, hoje tomei um susto: tomo mundo está dando que a Torre Eiffel completa 120 anos dia 15. E eu pensei: porra, a gente deu o aniversário dela há mais de um mês! (Momento frio na barriga.) Vou checar e vejo que o site oficial confirma: a inauguração foi em 31 de março:
http://www.tour-eiffel.fr/teiffel/uk/documentation/pdf/about_the%20Eiffel_Tower.pdf?id=4_11 .
Todo mundo fez Ctrl C +Ctrl V na AFP hoje — Veja, G1, etc, etc —, que soltou que a "silhueta alongada" corta o céu parisiense desde 15 de maio de 1889."

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Acharam os culpados!

Da Zero Hora de hoje:

CONGRESSO
Senado identifica contratos irregulares

Investigação feita por comissão de sindicância do Senado em quatro contratos de prestação de serviços, que somam R$ 14,2 milhões, detectou indícios de superfaturamento, excesso de pessoal terceirizado, salários acima do mercado, além de falta de justificativa para as contratações.Um dos contratos investigados poderia custar ao Senado apenas 42% do valor praticado atualmente.

(...)

Além disso, os empregados da Aval recebem salários acima do estabelecido pelo acordo coletivo da categoria. Enquanto o acordo de janeiro de 2006 previa salário de R$ 415,95 para um auxiliar de serviços gerais, os faxineiros da Aval recebiam, no mesmo ano, R$ 540,71 por mês.


– Não diria que são contratos superfaturados. São contratos caros. Pedi o estudo porque vi que tinha gordura nos contratos e era preciso fazer uma redução – disse o 1º-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI).

(...)

Matéria completa no link :
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2500299.xml&template=3898.dwt&edition=12255&section=1007


Já ouviu a expressão "a corda sempre arrebenta do lado mais fraco"? Pois quem vai pagar o pato dessa vez são os faxineiros do Senado, que estão sendo responsabilizados pela gastança na casa.

A origem do rombo são os salários "superfaturados" (valores grafados na matéria)??!!?!?!?

Tu tá falando sério comigo? E a Zero Hora publica essa informação assim sem mais?

Pobre dos faxineiros! Pior de tudo: aposto que o "extra" nem vai pro bolso deles.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pérolas

O colega (de redação) Lucas Azevedo mandou umas pérolas selecionadas por ele nos tempos de clipador.

1. A sutileza do colunista social;



2. o que se é obrigado a fazer para fechar uma página;




3. título sugestivo;




4. ?????!?!??!!!!?!




É. Todos temos nossos maus momentos...

Erro de grafia


Não ia publicar...
Mas, quando o assessor erra qualquer detalhe, eles caem de pau. Então, decidi postar.
: )
Clique na figura.
Um errinho básico de grafia, em portal de uma empresa de comunicação respeitadíssima do Sul.
Comida chineza, assim, com Z, na capa do Portal???
Não pode, não pode...
Eu, como humilde assessora, já avisei, educadamente, do erro.
Vamos ver...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Do Manual da Folha

Texto para discussão:

assessoria de imprensa - Trate o assessor de imprensa com respeito e desconfiança. Ele pode ser uma fonte de informações, mas atua também como lobista, defende os interesses da organização em que trabalha. Nem sempre esses interesses são os mesmos que os dos leitores. Veja dedicação exclusiva (no cap. Projeto Folha); lobby ; press release.

Fonte: Manual de redação da Folha de São Paulo.

Dez frases sobre a imprensa



"Jornalismo é separar o joio do trigo. E publicar o joio."
MARK TWAIN

"Toda vez que vires a imprensa encarniçada contra qualquer pessoa poderosa fica sabendo que há por trás disso algum desconto recusado, algum favor que não quiseram prestar."
HONORÉ DE BALZAC

"As massas são meros acessórios da máquina e o consumidor não é rei, como pretende a indústria cultural; não é sujeito, mas seu objeto."
THEODOR W. ADORNO

"A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra."
PAUL VIRILO

"Todo fazedor de jornais deve tributo ao Maligno."
LA FONTAINE

"Os homens que exercem a profissão de jornalista parecem constituídos como os deuses de Walhalla, que se cortavam em pedaços todos os dias e acordavam em perfeita saúde
todas as manhãs."
EDGAR ALLAN POE

"Quanto mais importância tem uma coisa ou pessoa, tanto menos falarão dela os jornais, e, em troca, destacarão em suas páginas o que esgota a sua essência em ser um “sucesso” e em
gerar uma notícia."
ORTEGA Y GASSET

"O que censuro aos jornais é fazer-nos prestar atenção todos os dias a coisas insignificantes, ao passo que nós lemos três ou quatro vezes na vida livros em que há coisas essenciais."
MARCEL PROUST

"O jornal exerce hoje todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiqüidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia."
EÇA DE QUEIRÓS

"Os jornalistas são pessoalmente cordiais; no papel, assassinos."
GAY TALESE

Categorias dos jornalistas carnes de pescoço

A jornalista Nathana Lacerda nos enviou essa contribuição propondo uma classificação dos jornalistas carnes de pescoço. Eu acrescentaria ainda:

- o legítimo fdp que não respeita a pessoa humana nem o trabalho do colega e abusa da tua boa vontade e ainda ri da tua cara: aquele que pede exclusividade, milhões de informações, faz tu produzir foto, enche o cliente de expectativa e NÃO DÁ NADA!

A onipotência jornalística
Há algum tempo, antes mesmo de eu entender direito que história era essa de jornalismo, eu já ouvia falar. "Se médico pensa que é Deus, jornalista tem certeza".
Só ao começar a trabalhar no meio é que entendi profundamente - e na prática - o significado dessa afirmação. O que acontece com a classe jornalística? Será que prepotência é uma das características fundamentais para se trabalhar na área? Pois é o que parece.
Me desculpem os jornalistas bonzinhos, mas quem é que nunca se deparou com aqueles que se consideram monstros sagrados, donos de uma verdade única e absoluta? Mesmo ao mudar uma única vírgula em sua reportagem, eles fazem questão de dizer "Você não sabe escrever? Vai errar vírgula agora?".
Após passar por diversas redações, nunca sofri tanto nesse sentido como sendo assessora de imprensa. E olha que eu sigo todas as regras para não atrapalhar o jornalista e nem ofereço pauta ou fico insistindo sobre algo que não é de interesse do veículo.
Mas eles estão lá, nas redações, prontos para nos humilhar: os carnes de pescoço! Eu tomei a liberdade de classificar os carnes de pescoço em algumas categorias:
- O anti-contato: é o que tira o telefone do gancho e desliga antes mesmo de saber quem você é.
- O quase simpático ou esperança eterna: é o que tira o telefone do gancho e não te atende. Você fica ouvindo tudo o que se passa na redação, com esperança de que a pessoa te atenda, até que se cansa e desiste.
- O patrão: aquele que se interessa por uma pauta enviada, liga pra você, não dá os cumprimentos iniciais e já vai vomitando uma série de exigências. Ex:
Ass: Assessoria de imprensa, boa tarde.
Red: Cadê a Fulana?
Ass: Só um minuto que eu vou chamar. Quem quer falar?
Red: Ela já me conhece
Ass. Ah, tá bom, só um minutinho.
Ass2: Alô.
Red: Fulana, manda uma foto de um cachorro de cabeça pra baixo, dentro de uma caixinha de transporte, só que eu quero rosa com bolinhas amarelas e um texto explicativo de 758 toques sobre os benefícios do ácido arcórbico para alimento animal. Anota aí: jesus@ceu.com.br. To esperando em cinco minutos.
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu
- Os monossilábicos: eles não querem te atender, nem ser mau-educados. Então você se apresenta, fala da onde você é, pergunta se ele está ocupado, se pode falar no momento, se houve interesse pela pauta e só houve: ahn, ahn, ahn, hum, ahn, ahn, ahn, ahn, tá.
- O professor: aquele cara que não tem o que fazer, pega o seu release e fica achando pêlo em ovo, verificando se há palavras repetidas, se você colocou ou deixou de colocar a vírgula, se há ponto antes ou depois das aspas. Certo, dia, recebi algo assim:
Red: Você é jornalista?
Ass: Sou!
Red: Então por que raios você repetiu duas vezes a palavra tal em um texto curto, colocou um ponto final alí e uma vírgula aqui? E por que me respondeu "sou" com um ponto de exclamação no final?
E esse cara ainda escreveu palávras assim, com acento. Eu não posso errar, mas ele pode, né?
Nem tão ligados à prepotência em si, mas também um pouco maléficos, seguem:
- Os preguiçosos: pegam sua pauta e mandam você resumir, adicionar informações, ao invés deles mesmos realizarem as modificações, adicionarem dados e adequarem o texto.
- Os sacanas: eles usam seu texto completo, ligam e pedem mais mil coisas pra complementar e publicam a matéria sem nenhuma fonte.
Peraí! Agora eu me lembro que, na minha época de estagiária, odiava me mexessem no meu texto, que mudassem meu jeito de escrever, meus pontos, vírgulas e afins. Santo Deus! Até eu?!
Ainda bem que hoje, depois de árduas experiências, tudo o que tento é não ser prepotente, não ser mau-educada, tampouco implicante. Relevar alguns erros faz parte da vida. E que atire a primeira pedra quem nunca errou.
E você consegue definir mais algum tipo de jornalista "carne de pescoço"?

Confere lá o blog dela! http://nathanalacerda.blogspot.com/

Um ser "star" chamado colunista

Texto para discussão:

"(...) O saudoso colunista Zózimo Barroso do Amaral, quando perguntado se a nota passada pelo assessor de imprensa iria sair, respondia: 'Vou dar na sexta'.

Na sexta-feira, ao não ver a notícia publicada na coluna, ao receber telefonema da mesma pessoa perguntando se ele não havia garantido que daria a nota na sexta, ele explicava que naquela conversa anterior não estava se referindo ao dia da semana, mas à cesta de lixo."

Retirado do livro Assessoria de Imprensa - Como fazer de Rivaldo Chínem (disponível para download de grátis no http://www.scribd.com/).

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Auto-estima

E tem aqueles que se acham muito importantes e simplesmente não conseguem entender porque da exclusividade de algumas notícias para grandes veículos.
Uma jornalista-dona-de-jornal de uma cidade do interior reclamava constantemente que não tinha recebido a mesma informação que a colunista de um grande jornal da região.
Ela era bem brava, ficava furiosa e xingava.
O que poderíamos dizer?

- Se liga mulher! Vou mandar essa informação importante com exclusividade para o teu jornaleco? Queres te comparar a colunista tal? Quantos leitores tu tens? E quantos ela tem? Vai te enxergar!

E acabar com a auto-estima invejável da distinta senhora? Nunca! Dizíamos, com toda a doçura do mundo:

- A próxima é exclusiva pra ti, ok?

Mas não adiantava muito.
Ainda bem que o cliente era anunciante e ela publicava tudo que mandávamos : )

Louco por tocos

Que tem muito jornalista cara de pau, isso é indiscutível, mas alguns conseguem superar este status.

 

Certa vez, um coleguinha, que nem era da chamada ‘grande imprensa’, encaminhou um e-mail para a diretora de uma assessoria de imprensa reclamando. O motivo?! Não estava ganhando mais presentinhos da empresa XY. É aquela mesma história do “se colar, colou”. Resultado? Lá se foi o atendimento da conta procurar o que enviar ao pobre jornalista reclamão esquecido e ainda fazer um bilhetinho carinhoso.

 

Este assunto ainda renderá muitas histórias. 

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Curtinha...

Sempre bem humorado... Por telefone, o jornalista começa a entrevista de forma descontraída, como de costume.

- Olá, presidente, vamo mata essa rapidinho?

Detalhe: O entrevistado era o presidente de uma grande fabricante brasileira armamento.





Bom feriado pra todo mundo!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Se colar, colou!

Uma das coisas mais difíceis em assessoria de imprensa é levar jornalistas para alguma viagem. Conciliar todas as agendas e exigências é uma ginástica.

Uma vez, estávamos levando um grupo para uma festa de uma vinícola na Serra Gaúcha. Muita espumante, degustações com os vinhos mais top, refeições nos melhores restaurantes, hospedagem no Spa do Vinho e todas as mordomias (com direito à acompanhante!).

Um jovem comunicador de rádio ficou muito animado com a programação toda e disse que gostaria muito de ir.

- Só que tem um problema, diz ele.

- Será que podemos ajudar a resolver esse problema?

- É que este é o fim-de-semana que meus filhos ficam comigo. Posso levar eles?

Se colar colou, né?

terça-feira, 28 de abril de 2009

O editor marciano

Um colega mandou esse texto do repórter Luiz Carlos Azenha como contribuição para o blog. Como o texto tá muito longo, dei só uma "palhinha", mas o link para a versão na Integra tá no final.
Preciso dizer que ele (o meu colega) trabalhou "a vida toda" em um grande veículo de comunicação e agora passou pro lado de cá.


Por que a mídia e Gilmar vão mudar de assunto rapidinho

Se um editor de jornal marciano desembarcasse hoje no Brasil e assistisse ao vídeo do bate-boca entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa com certeza faria algumas perguntas:

1. O que originou o bate-boca?
2. É fato que Gilmar Mendes está arruinando a imagem da Justiça brasileira?
3. É fato que Gilmar Mendes prefere os holofotes da mídia às ruas?
4. Quem são os "capangas" de Gilmar Mendes em Mato Grosso?

Assim sendo, o editor marciano arregimentaria seu exército de repórteres verdes para investigar. Além de ouvir as duas partes e mais os colegas de ambos, os repórteres ouviriam também gente como o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, a procuradora Janice Ascari, o juiz Fausto De Sanctis, e os juristas Wálter Maierovitch e Dalmo Dallari, entre outros.

(...)

De posse de todo esse material, nosso editor esverdeado faria fortuna se conseguisse publicá-lo na mídia brasileira. Que é, justamente, onde reside o problema.Para a mídia corporativa brasileira, Gilmar Mendes não é empresário. Não é co-partícipe, ainda que involuntariamente, da farsa dos grampos sem áudio. Não adianta, em entrevistas, seus votos em questões em julgamento no STF. Não mandou tirar do ar a entrevista de Leandro Fortes.

Quase todos os fatos acima relatados foram simplesmente OMITIDOS pela mídia de seus leitores e telespectadores. Ora, para explicar os motivos por trás do bate-boca entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, a mídia seria obrigada a fazer o que não fez até agora: informar. Por isso, tanto ela quanto Gilmar Mendes vão mudar de assuntorapidinho. Ou atribuir o bate-boca ao comportamento "destemperado" de Barbosa, como já faz o blogueiro Josias de Souza. Em outras palavras, confundir para não explicar.

http://www.viomundo.com.br/opiniao/por-que-a-midia-e-gilmar-vao-mudar-de-assunto-rapidinho/

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Falta de atenção

Lendo o post anterior, quase morri de pena do jornalista! É impossível uma pessoa humana saber tudo e, às vezes, simplesmente não temos tempo de fazer uma pesquisa prévia sobre o entrevistado. Isso acontece com os assessores também (sim, nós também entrevistamos pessoas, fazemos pesquisa, tudo isso). É claro que, por ser um jornalista experiente, ele talvez tenha achado que não precisava fazer o tema de casa - alguns coleguinhas podem ser bastante arrogantes.

Mas uma coisa imperdoável é falta de atenção! Tem um caso emblemático que aconteceu em um evento anual de uma entidade de classe do Estado. A palestra de abertura seria do Nizan Guanaes. Toda imprensa foi convidada e tal. Dois dias antes do evento, o Nizan desmarcou, e a entidade chamou um segundo publicitário também famoso para substituí-lo (não consigo lembrar o nome dele).

A assessoria avisou por telefone todos os veículos que tinham sido convidados e divulgou amplamente a alteração.

O evento foi um sucesso, o público lotou o auditório, a imprensa compareceu em peso. Missão cumprida. Cliente satisfeito. Assessor Satisfeito.

No dia seguinte, lá estava em um dos grandes jornais da capital: Nizan Guanaes abre evento da entidade X

Falta de informação gera gafe

Para o meu primeiro post, uma história engraçadinha que aconteceu há cerca de 3 anos...

Um experiente jornalista da capital traja seu terno, sua gravata mais discreta e ruma para um hotel de Porto Alegre, onde realizará entrevista com o presidente de uma grande indústria brasileira. Frente a frente com o entrevistado, o jornalista, com alguns anos de experiência na editoria de economia e negócios, começa a conversa com uma pergunta básica, suficiente para dar início à gafe.

- Para começar, desde quando o senhor está na empresa?

Eis que o presidente responde:

- Olha, eu estou desde sempre. Como muitos sabem, sou o fundador da empresa.
(Assim, na lata).

Algumas perguntas se seguiram e quando o jornalista achou que tinha se recuperado, surge um segundo fora:
- A empresa pretende abrir o capital?

Com a maior calma do mundo, o executivo responde:
- Olha, se você olhar na Bovespa, vai perceber que abrimos o capital há cerca de 4 meses.

Dãi!

Mas o melhor (ou pior) veio no final.

Depois da breve sequencia de foras, o jornalista se dá conta de que passou a mais de uma hora de entrevista em frente ao importante executivo com a cueca a mostra. Passou todo o tempo com a bragueta da calça social totalmente aberta.

domingo, 26 de abril de 2009

Abrindo os trabalhos

Esse blog nasceu de uma provocação do blogueiro Eduardo Vasques no http://perolasdasassessorias.wordpress.com/.
Lancei a idéia para uns colegas assessores num grupo de e-mail e começamos a lembrar de histórias engraçadíssimas (algumas trágicas). Daí resolvemos jogar tudo isso na Web. Óbvio que usaremos pseudônimos, sob pena de nunca mais emplacarmos nem uma linha. Jornalistas são muito melindrosos no que diz respeito a sua reputação, e alguns podem ser bastante vingativos. Nossa anonimidade também é necessária para que clientes não nos identifiquem, já que algumas das melhores histórias envolvem antigos, atuais e potenciais assessorados.

Segue abaixo a provocação do Eduardo e o link para o contraponto.

O outro lado
Eu já cansei de pedir que alguém escreva ou crie um blog sobre o outro lado do balcão. Mostrar as asneiras que os jornalistas e veículos cometem seria essencial também para ajudar o pessoal que está se formando a não cometer os mesmos erros nas redações.E a resposta é sempre a mesma: “se fizermos isso seremos boicotados pelos próprios jornalistas e veículos”. Sei não, talvez. Mas seria bem interessante contar as histórias absurdas que rolam do lado dos coleguinhas.Vez ou outra aparece algo, como este aqui publicado no blog de Clarissa Antunes, da Em Voga Comunicação. É sensacional a resposta do editor do jornal ao receber uma pauta da empresa que a agência atende. A dica veio de um amigo que acompanha o blog dela.
http://perolasdasassessorias.wordpress.com/2009/02/25/o-outro-lado/

Abraços,
Pequena Carpa Dourada