sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cara-de-pau

Depois falam em isenção...
Há certos colunistas, dos principais jornais do RS, que sempre publicam notícias de amigos, mesmo que não tenha a ver com a coluna. Quando nós, mortais assessores de imprensa, sugerimos entrevista/pauta de acordo com a posição editorial, recebemos como resposta: - Vou pensar e te aviso.
Faz dias que sugeri uma entrevista para um certo colunista, bem do jeitinho que ele gosta e recebi a resposta acima.
No entanto, já me deparei com notícias publicadas por ele sobre o lançamento de revista de uma certa universidade gaúcha. Isso lá é notícia? Só porque o assessor é grande amigo dele.
Caso contrário, nada feito...

Enfim, um desabafo...
:)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dengue suína

A @paulagois mandou essa pérola de um jornal capixaba.

Afinal, gripe, dengue, febre amarela, é tudo a mesma coisa. Rsrsrs




terça-feira, 12 de maio de 2009

CTRL C + CTRL V




A Cássia Alves http://twitter.com/cassita mandou pro blog um causo contado por uma colega de faculdade:

"Em minhas pesquisas de pautas para turismo, hoje tomei um susto: tomo mundo está dando que a Torre Eiffel completa 120 anos dia 15. E eu pensei: porra, a gente deu o aniversário dela há mais de um mês! (Momento frio na barriga.) Vou checar e vejo que o site oficial confirma: a inauguração foi em 31 de março:
http://www.tour-eiffel.fr/teiffel/uk/documentation/pdf/about_the%20Eiffel_Tower.pdf?id=4_11 .
Todo mundo fez Ctrl C +Ctrl V na AFP hoje — Veja, G1, etc, etc —, que soltou que a "silhueta alongada" corta o céu parisiense desde 15 de maio de 1889."

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Acharam os culpados!

Da Zero Hora de hoje:

CONGRESSO
Senado identifica contratos irregulares

Investigação feita por comissão de sindicância do Senado em quatro contratos de prestação de serviços, que somam R$ 14,2 milhões, detectou indícios de superfaturamento, excesso de pessoal terceirizado, salários acima do mercado, além de falta de justificativa para as contratações.Um dos contratos investigados poderia custar ao Senado apenas 42% do valor praticado atualmente.

(...)

Além disso, os empregados da Aval recebem salários acima do estabelecido pelo acordo coletivo da categoria. Enquanto o acordo de janeiro de 2006 previa salário de R$ 415,95 para um auxiliar de serviços gerais, os faxineiros da Aval recebiam, no mesmo ano, R$ 540,71 por mês.


– Não diria que são contratos superfaturados. São contratos caros. Pedi o estudo porque vi que tinha gordura nos contratos e era preciso fazer uma redução – disse o 1º-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI).

(...)

Matéria completa no link :
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2500299.xml&template=3898.dwt&edition=12255&section=1007


Já ouviu a expressão "a corda sempre arrebenta do lado mais fraco"? Pois quem vai pagar o pato dessa vez são os faxineiros do Senado, que estão sendo responsabilizados pela gastança na casa.

A origem do rombo são os salários "superfaturados" (valores grafados na matéria)??!!?!?!?

Tu tá falando sério comigo? E a Zero Hora publica essa informação assim sem mais?

Pobre dos faxineiros! Pior de tudo: aposto que o "extra" nem vai pro bolso deles.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pérolas

O colega (de redação) Lucas Azevedo mandou umas pérolas selecionadas por ele nos tempos de clipador.

1. A sutileza do colunista social;



2. o que se é obrigado a fazer para fechar uma página;




3. título sugestivo;




4. ?????!?!??!!!!?!




É. Todos temos nossos maus momentos...

Erro de grafia


Não ia publicar...
Mas, quando o assessor erra qualquer detalhe, eles caem de pau. Então, decidi postar.
: )
Clique na figura.
Um errinho básico de grafia, em portal de uma empresa de comunicação respeitadíssima do Sul.
Comida chineza, assim, com Z, na capa do Portal???
Não pode, não pode...
Eu, como humilde assessora, já avisei, educadamente, do erro.
Vamos ver...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Do Manual da Folha

Texto para discussão:

assessoria de imprensa - Trate o assessor de imprensa com respeito e desconfiança. Ele pode ser uma fonte de informações, mas atua também como lobista, defende os interesses da organização em que trabalha. Nem sempre esses interesses são os mesmos que os dos leitores. Veja dedicação exclusiva (no cap. Projeto Folha); lobby ; press release.

Fonte: Manual de redação da Folha de São Paulo.

Dez frases sobre a imprensa



"Jornalismo é separar o joio do trigo. E publicar o joio."
MARK TWAIN

"Toda vez que vires a imprensa encarniçada contra qualquer pessoa poderosa fica sabendo que há por trás disso algum desconto recusado, algum favor que não quiseram prestar."
HONORÉ DE BALZAC

"As massas são meros acessórios da máquina e o consumidor não é rei, como pretende a indústria cultural; não é sujeito, mas seu objeto."
THEODOR W. ADORNO

"A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra."
PAUL VIRILO

"Todo fazedor de jornais deve tributo ao Maligno."
LA FONTAINE

"Os homens que exercem a profissão de jornalista parecem constituídos como os deuses de Walhalla, que se cortavam em pedaços todos os dias e acordavam em perfeita saúde
todas as manhãs."
EDGAR ALLAN POE

"Quanto mais importância tem uma coisa ou pessoa, tanto menos falarão dela os jornais, e, em troca, destacarão em suas páginas o que esgota a sua essência em ser um “sucesso” e em
gerar uma notícia."
ORTEGA Y GASSET

"O que censuro aos jornais é fazer-nos prestar atenção todos os dias a coisas insignificantes, ao passo que nós lemos três ou quatro vezes na vida livros em que há coisas essenciais."
MARCEL PROUST

"O jornal exerce hoje todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiqüidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia."
EÇA DE QUEIRÓS

"Os jornalistas são pessoalmente cordiais; no papel, assassinos."
GAY TALESE

Categorias dos jornalistas carnes de pescoço

A jornalista Nathana Lacerda nos enviou essa contribuição propondo uma classificação dos jornalistas carnes de pescoço. Eu acrescentaria ainda:

- o legítimo fdp que não respeita a pessoa humana nem o trabalho do colega e abusa da tua boa vontade e ainda ri da tua cara: aquele que pede exclusividade, milhões de informações, faz tu produzir foto, enche o cliente de expectativa e NÃO DÁ NADA!

A onipotência jornalística
Há algum tempo, antes mesmo de eu entender direito que história era essa de jornalismo, eu já ouvia falar. "Se médico pensa que é Deus, jornalista tem certeza".
Só ao começar a trabalhar no meio é que entendi profundamente - e na prática - o significado dessa afirmação. O que acontece com a classe jornalística? Será que prepotência é uma das características fundamentais para se trabalhar na área? Pois é o que parece.
Me desculpem os jornalistas bonzinhos, mas quem é que nunca se deparou com aqueles que se consideram monstros sagrados, donos de uma verdade única e absoluta? Mesmo ao mudar uma única vírgula em sua reportagem, eles fazem questão de dizer "Você não sabe escrever? Vai errar vírgula agora?".
Após passar por diversas redações, nunca sofri tanto nesse sentido como sendo assessora de imprensa. E olha que eu sigo todas as regras para não atrapalhar o jornalista e nem ofereço pauta ou fico insistindo sobre algo que não é de interesse do veículo.
Mas eles estão lá, nas redações, prontos para nos humilhar: os carnes de pescoço! Eu tomei a liberdade de classificar os carnes de pescoço em algumas categorias:
- O anti-contato: é o que tira o telefone do gancho e desliga antes mesmo de saber quem você é.
- O quase simpático ou esperança eterna: é o que tira o telefone do gancho e não te atende. Você fica ouvindo tudo o que se passa na redação, com esperança de que a pessoa te atenda, até que se cansa e desiste.
- O patrão: aquele que se interessa por uma pauta enviada, liga pra você, não dá os cumprimentos iniciais e já vai vomitando uma série de exigências. Ex:
Ass: Assessoria de imprensa, boa tarde.
Red: Cadê a Fulana?
Ass: Só um minuto que eu vou chamar. Quem quer falar?
Red: Ela já me conhece
Ass. Ah, tá bom, só um minutinho.
Ass2: Alô.
Red: Fulana, manda uma foto de um cachorro de cabeça pra baixo, dentro de uma caixinha de transporte, só que eu quero rosa com bolinhas amarelas e um texto explicativo de 758 toques sobre os benefícios do ácido arcórbico para alimento animal. Anota aí: jesus@ceu.com.br. To esperando em cinco minutos.
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu
- Os monossilábicos: eles não querem te atender, nem ser mau-educados. Então você se apresenta, fala da onde você é, pergunta se ele está ocupado, se pode falar no momento, se houve interesse pela pauta e só houve: ahn, ahn, ahn, hum, ahn, ahn, ahn, ahn, tá.
- O professor: aquele cara que não tem o que fazer, pega o seu release e fica achando pêlo em ovo, verificando se há palavras repetidas, se você colocou ou deixou de colocar a vírgula, se há ponto antes ou depois das aspas. Certo, dia, recebi algo assim:
Red: Você é jornalista?
Ass: Sou!
Red: Então por que raios você repetiu duas vezes a palavra tal em um texto curto, colocou um ponto final alí e uma vírgula aqui? E por que me respondeu "sou" com um ponto de exclamação no final?
E esse cara ainda escreveu palávras assim, com acento. Eu não posso errar, mas ele pode, né?
Nem tão ligados à prepotência em si, mas também um pouco maléficos, seguem:
- Os preguiçosos: pegam sua pauta e mandam você resumir, adicionar informações, ao invés deles mesmos realizarem as modificações, adicionarem dados e adequarem o texto.
- Os sacanas: eles usam seu texto completo, ligam e pedem mais mil coisas pra complementar e publicam a matéria sem nenhuma fonte.
Peraí! Agora eu me lembro que, na minha época de estagiária, odiava me mexessem no meu texto, que mudassem meu jeito de escrever, meus pontos, vírgulas e afins. Santo Deus! Até eu?!
Ainda bem que hoje, depois de árduas experiências, tudo o que tento é não ser prepotente, não ser mau-educada, tampouco implicante. Relevar alguns erros faz parte da vida. E que atire a primeira pedra quem nunca errou.
E você consegue definir mais algum tipo de jornalista "carne de pescoço"?

Confere lá o blog dela! http://nathanalacerda.blogspot.com/

Um ser "star" chamado colunista

Texto para discussão:

"(...) O saudoso colunista Zózimo Barroso do Amaral, quando perguntado se a nota passada pelo assessor de imprensa iria sair, respondia: 'Vou dar na sexta'.

Na sexta-feira, ao não ver a notícia publicada na coluna, ao receber telefonema da mesma pessoa perguntando se ele não havia garantido que daria a nota na sexta, ele explicava que naquela conversa anterior não estava se referindo ao dia da semana, mas à cesta de lixo."

Retirado do livro Assessoria de Imprensa - Como fazer de Rivaldo Chínem (disponível para download de grátis no http://www.scribd.com/).

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Auto-estima

E tem aqueles que se acham muito importantes e simplesmente não conseguem entender porque da exclusividade de algumas notícias para grandes veículos.
Uma jornalista-dona-de-jornal de uma cidade do interior reclamava constantemente que não tinha recebido a mesma informação que a colunista de um grande jornal da região.
Ela era bem brava, ficava furiosa e xingava.
O que poderíamos dizer?

- Se liga mulher! Vou mandar essa informação importante com exclusividade para o teu jornaleco? Queres te comparar a colunista tal? Quantos leitores tu tens? E quantos ela tem? Vai te enxergar!

E acabar com a auto-estima invejável da distinta senhora? Nunca! Dizíamos, com toda a doçura do mundo:

- A próxima é exclusiva pra ti, ok?

Mas não adiantava muito.
Ainda bem que o cliente era anunciante e ela publicava tudo que mandávamos : )

Louco por tocos

Que tem muito jornalista cara de pau, isso é indiscutível, mas alguns conseguem superar este status.

 

Certa vez, um coleguinha, que nem era da chamada ‘grande imprensa’, encaminhou um e-mail para a diretora de uma assessoria de imprensa reclamando. O motivo?! Não estava ganhando mais presentinhos da empresa XY. É aquela mesma história do “se colar, colou”. Resultado? Lá se foi o atendimento da conta procurar o que enviar ao pobre jornalista reclamão esquecido e ainda fazer um bilhetinho carinhoso.

 

Este assunto ainda renderá muitas histórias.