quarta-feira, 10 de junho de 2009

Blog da Petrobrás

E essa história do blog da Petrobrás que está dando o maior bafáfá?
Achei desmedida a reação da "grande imprensa".

Agora, o que me pergunto, que é a parte que me toca, é: será que a equipe de comunicação da Petrobrás esperava essa repercussão? Esperava criar toda essa animosidade com os jornalistas dos "veículos tradicionais"? Acho que não. Imagino que sabiam que a estratégia era ousada, mas não tinham muita escolha mesmo...

Vejam esse trecho da análise do Maurício Azedo, presidente da ARI, que está no próprio blog Fatos e Dados.

A propósito, eles poderiam ter escolhido um nome melhor, né?

A criação do blog constituiu-se em instrumento de autodefesa da empresa, que se encontra sob uma barragem de fogo crítico disparado por vários veículos impressos. Não se poderá alegar que é assegurado à empresa o direito de resposta, uma vez que quando este for exercido a informação nociva já terá produzido afeitos adversos. Ademais, é conhecido principalmente dos jornalistas o tratamento que a imprensa concede tradicionalmente ao direito de resposta, se e quando o reconhece e o acata: a informação imprecisa ou inidônea é divulgada com um destaque e uma dimensão que não se confere à resposta postulada e concedida.

http://petrobrasfatosedados.wordpress.com/

Checar pra quê?

Uma leitora do blog nos chamou a atenção para esse mico em cadeia da imprensa brasileira. Parece que checar a informação é coisa rara hoje em dia...
Sem falar no cara que"leu" a data errada. Bah!

Quem conta o causo é o Henrique Martins, do site Zumo:

iPhone 3G S e o mito do 09 de agosto
Tá, o iPhone 3G S sai em agosto no Brasil, isso todo mundo já sabe. Mas agora caiu uma ficha que vi na mídia por aí que me deixou curioso: um monte de gente falou que a data certa da chegada do aparelho ao país é 09 de agosto. Mmmm, não é não.
Nada como confirmar a informação com a fonte, e é simplesmente “agosto”. Alguém aí leu errado umslide durante o anúncio da Apple que falava do lançamento mundial do iPhone 3G S como “Aug’09“. Pra mim - e acredito que para a maioria dos leitores que entendem inglês - isso se lê como “Agosto de 2009″ e ponto final. Mas alguém achou que era 09 de agosto e a coisa se espalhou.
Se a Apple é tão hermética pra tantas coisas, por que diabos ela daria a data do lançamento internacional de um produto, que depende de negociação com operadoras (sim, negociação, não é assim “lançou aqui lançou lá”) para chegar aqui. Agosto de 2009, pelo que vivi (e sobrevivi) na neurose do lançamento do iPhone 3G no ano passado, ainda parece uma data bastante distante no horizonte.
Até o momento, Tim, Vivo e Claro dizem não ter informação alguma sobre a chegada do novo iPhone nem do iPhone 3G de 8 GB mais barato. E, como foi em 2008, vão detalhar apenas no último minuto. Tudo é questão de “estratégia” em não falar seus planos para o futuro.
Ah, sim, a própria Apple me disse que alguns grandes veículos corrigiram a questão da data. Mas oGoogle News tá aí pra provar que nem todo mundo fez isso.
Em tempo: Phil Schiller, VP de marketing da Apple, falou em “This is a really fast iPhone“. Sei que ele citou o iPhone, mas não duvido os concorrentes logo criarem uma espécie de “mito do megahertz” para o mundo dos celulares e dizer que o meu é mais veloz que o seu?

http://zumo.uol.com.br/2009/06/09/iphone-3g-s-e-o-mito-do-09-de-agosto/

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Jornalista "purtuguês"

O Rodrigo Checchia, de São Paulo, nos enviou essa pérola.

Estava eu organizando uma viagem com jornalistas e mandei um e-mail que, entre outras coisas, solicitava os seguintes dados:

- Nome completo
- Idade
- Número do RG e este documento escaneado

Ok, concordo que este último ficou ambíguo, mas qual não foi minha surpresa ao receber de um jornalista carioca a resposta e, ao abrir a imagem anexada, encontrar o próprio e-mail que eu havia enviado a ele.

Depois de alguns minutos tentando entender aquilo compreendi: por 'este documento' o jornalista entendeu que era aquele e-mail. Daí, ele simplesmente imprimiu e escaneou a mensagem e me mandou de volta.

O pior foi ter que ligar para explicar e pedir o RG escaneado, que ainda estava faltando, e tentar não rir.

Que maravilha a tecnologia!

Desde que criamos esse blog, eu estou louca pra contar essa história. Não tem muito a ver com o tópico aqui, caberia melhor no http://www.perolasdasassessorias.wordpress.com/, mas é tão boa que eu resolvi contar!

Pois bem. Um belo dia, a empresa em que eu trabalhava comprou uma ferramenta incrível chamada mailling Comunique-se. É bem comum lá pra cima, mas aqui no Sul pouca gente usa. Aliás, isso é um outro tópico a ser debatido. Fazemos assessoria de uma forma bem diferente por aqui.

Mas voltando... A ferramenta não tinha somente um mailling completo e atualizado de todos os veículos e jornalistas existentes em cada canto desse país, como também enviava relises "personalizados" para trocentas mil pessoas de uma vez só.

Nós, que fazíamos o trabalho braçal, enviando e-mail por e-mail, ficamos deslumbrados!

Então uma colega montou um relise, o mailling, colocou fotinhos, tudo bonitinho. Para fazer o teste, escreveu lá no bilhetinho: Oi Fulano, tudo bem?

Só que, ao invés de enviar o teste, ela enviou o e-mail para algo como 5 mil pessoas!

Cinco mil Fulanos em todo o Brasil leriam aquele relise no próximos dias. Imagino que muita gente tenha achado graça, mas teve gente que não gostou nada, mandou respostas desaforadas, outras debochadas. Eu já tinha feito isso uma vez, mas foi só para um jornalista que possivelmente nem abriu o e-mail. Veja como a tecnologia dá uma dimensão gigantesca também para os nossos erros.

Depois daquilo, e de alguns outros percalços, nossa empolgação com a ferramenta diminuiu um pouco. Gato escaldado...

Sua Majestade, o cliente


Não é o foco aqui nesse blog, mas as coisas mais engraçadas que acontecem em assessoria de imprensa são protagonizadas por eles: os clientes. Como a assessoria de imprensa é uma atividade nova, ninguém, que não seja assessor ou jornalista, sabe direito o que fazemos. Nem as agências, nem os colegas do marketing, nem mesmo os errepês.
Pra se ter uma idéia de até onde chega esse desconhecimento, teve um cliente que pediu a uma colega que organizasse os arquivos dele!
Eu atendia um cliente que me trazia denúncias contra os concorrentes e queria que eu divulgasse.
Teve outro, que queria a equipe com bloquinhos de anotação no lançamento do livro dele fazendo o papel de repórteres.
E aqueles que querem dar entrevista para o Valor Econômico e não querem abrir nenhum número!
Sem falar os que pedem pra tu divulgar o trabalho da irmã que é arquiteta, da cunhada que é escritora, etc.
Vou te contar, viu? Haja jogo de cintura!

Coincidência infeliz

Falando em colunistas, lembrei de uma situação péssima de uma colunista social que costuma usar fotos de arquivo, sem gancho, o que-onde-como-porque, nem nada. Simplesmente uma foto, com a legenda "O charme de Fulana de Tal".
Pois uma vez, por uma infelicidade, a colunista publicou a foto de uma menina que morreu em um acidente de trânsito na madugada em que o jornal estava sendo impresso.
No dia seguinte, todo mundo estava falando da morte da guria, que era filha de um político famoso, e lá estava ela sorridente na coluna: "O charme de Fulana de Tal".
Foi uma coincidência inacreditável, mas ficou horrível!