segunda-feira, 27 de julho de 2009

Chatô

Estava relendo o Chatô, do Fernando Morais, e marquei essa histórinha que eu achei sensacional:


"...O enorme e frágil telhado de vidro que os vespertinos associados exibiam, no entanto, tirava autoridade de Chateaubriand para ditar regras de ética jornalística em suas colunas. Campeão das manchetes escandalosas que o patrão detestava, o Diário da Noite carioca superaria a si próprio quando se anunciou que o Papa Pio XI estava acometido de gangrena em um dos pés, moléstia que acabaria por matá-lo meses depois. Carlos Eiras, o secretário do jornal, célebre pela capacidade de resumir uma notícia em um número cada vez menor de palavras, não teve dúvidas em lascar na primeira página do Diário da Noite (em oito colunas, letras garrafais e com ponto de exclamação, como se escarnecesse de Chateaubriand) aquele que durante muitos anos seria considerado pelos jornalistas brasileiros como um modelo de síntese e sensacionalismo: PODRE O PÉ DO PAPA!".


Rárárárá! Genial!

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