Como não informar

Essa notícia saiu na ZH de segunda-feira. Falava sobre a caminhada que aconteceu no domingo, que, por acaso, só por acaso, era o Dia Mundial em Homenagem às Vítimas do Transito.

O repórter conseguiu fazer uma matéria sem mencionar o mais importante: a motivação para a marcha.

A propósito, "as metas estabelecidas pela ONU e pela OMS para reduzir as vítimas no trânsito até 2020" tem nome. Chama-se Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito.

É para isso que querem defender o diploma de jornalista?

Caminhada em homenagem às vítimas

Na manhã de ontem, pedestres e ciclistas se reuniram em Porto Alegre para chamar a atenção aos riscos no trânsito e homenagear as vítimas de acidentes. Vestidos de branco e empunhando faixas e cartazes, os participantes da Caminhada pela Paz deixaram o Parcão por volta das 10h30min e se dirigiram à Redenção. Ao final do trajeto, no Monumento ao Expedicionário, centenas de balões brancos foram soltos.

Organizada pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a iniciativa contou com o apoio do Vida Urgente, do Grupo Cicloatividade e de alunos do Colégio Santa Cecília. O presidente da Amrigs, Dirceu Rodrigues, salientou que outras mobilizações serão promovidas pela entidade:

– O programa Acorde Para a Vida dará continuidade a ações de prevenção como essa no próximo ano.

– Com esse ato, a SBOT no Brasil e no Rio Grande do Sul reforça suas ações dentro das metas estabelecidas pela ONU e pela OMS para reduzir as vítimas no trânsito até 2020 – afirmou Osvandré Lech, presidente da SBOT.

Ciclista há duas décadas, o vendedor Paulo Alves, 38 anos, alerta para a necessidade de instalação de mais bicicletários na Capital:

– Quanto mais bicicletários tivermos pela cidade, maior o incentivo ao uso de um transporte sustentável.